O acorde alterado na música gospel


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Com sonoridade de alto nível e, ao mesmo tempo, complexo para aplicação e compreensão harmônica, o acorde alterado se destaca por ser difícil e perfeito ao mesmo tempo


Neste artigo, vamos falar do acorde dominante alterado, um acorde com característica jazzística. Ao contrário do acorde dominante com sétima e nona bemol (X7b9), acorde com característica melancólica, este tem uma sonoridade carregada pela quantidade de tensões consonantes e dissonantes. É possível afirmar que sua sonoridade é um pouco congestionada, porém, de alto nível e, ao mesmo tempo, complexo para aplicação e compreensão harmônica.

Sua visualização no instrumento é diferente de qualquer outro tipo de acorde existente, Com sonoridade de alto nível e, ao mesmo tempo, complexo para aplicação e compreensão harmônica, o acorde alterado se destaca por ser difícil e perfeito ao mesmo tempo isso em qualquer tonalidade e em qualquer instrumento. A sonoridade é típica do estilo popular por suas dissonâncias e, por esse motivo, há a dificuldade de aplicação, pois não se deve aplicar o acorde alterado em uma harmonia simples apenas com tríades (seria como falar em idiomas diferentes). E, digo mais, talvez nem com tétrades: o ideal seria uma aplicação com pentacordes.

Em minha jornada musical, passei muitos anos para entender sua aplicação por não conseguir imaginar onde um acorde tão dissonante poderia se encaixar em uma música. Na igreja, era ainda mais difícil, principalmente na época em que as músicas seguiam uma linha mais conservadora e de harmonia previsível.

Como já citei, não combina tocar o acorde alterado com acordes simples, pois fica realmente estranho. É como se ele pedisse outros acordes cheios de tensões do nível dele. Verdadeiramente, um acorde com cara de jazz. Para que você possa entender melhor isso, recomendo que experimente testar o acorde alterado em progressões com acordes simples como tríades, usando as progressões e aplicações em músicas apresentadas aqui nesta matéria.


Formação

De forma teórica, o acorde alterado se trata de um acorde dominante originado de sua própria escala, a escala alterada, podendo ser aplicado tanto no modo maior quanto menor. A capacidade de encadeamento também está relacionada a acordes com muitas tensões consonantes e dissonantes.

Pela dissonância do acorde alterado, torna-se mais difícil harmonizar qualquer música. Pela incompatibilidade com as notas da escala da tonalidade, a probabilidade de conflito com a melodia é muito alta, ou seja, para o acorde realmente “encaixar”, a melodia não pode repousar perto das notas dissonantes do acorde alterado. É possível perceber isso rapidamente, pois com o acorde alterado não tem meio termo: “encaixa” ou não.

Em alguns casos em que possa haver conflito com a melodia, se atrasa o acorde para funcionar como um acorde de passagem e suavizar o resultado. Como todo acorde dominante tem, naturalmente, a sétima menor, o acorde alterado não será diferente, mas além disso, encontramos nele mais duas tensões dissonantes, a nona e a quinta aumentadas, alteradas meio tom acima.

O conflito que mais chama a atenção está entre a nona aumentada e a terça do acorde, algo como tocar um acorde maior e menor ao mesmo tempo. Foi por esse motivo que afirmei sobre a complexidade de compreensão harmônica.

A escrita da cifra pode ser de duas formas:

G7#9#5 ou Galt


Para acordes sem baixo – como nas performances jazzísticas de piano solo ou numa performance em grupo em que o baixo é executado por um baixista – esse acorde deve ser sempre executado na região central do piano, onde o som não fique tão grave, mais precisamente numa região médio-grave.


Progressões

O segredo da aplicação de um acorde dissonante não está na aplicação do acorde em si, mas nos eventos que antecedem e sucedem o acorde, ou seja, preparação e resolução (leia mais…)


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Andersen Medeiros

Andersen Medeiros

Pianista, arranjador e compositor, iniciou seus estudos de piano clássico no curso de extensão da UFAL – Universidade Federal de Alagoas, em seguida migrou para o estudo do piano moderno, em 2010 e 2013 foi palestrante do Congresso de louvor e adoração – LOUVAÇÃO para músicos em igrejas do Estado de Alagoas. Em 2014, em viagem missionária à Cuba teve participação na orquestra norte americana “Celebration” conduzida pelo maestro Camp Kirkland. Hoje, atua como professor do site PianoFlix, uma plataforma de ensino para piano solo e acompanhamento por ouvido. Ensina piano online por skype à alunos no Brasil e no exterior, pianista e líder de músicos na Igreja evangélica Batista El Shaddai em Maceió a mais de 18 anos, e pianista da banda TLB – The Last Band, um projeto embrionário de jazz moderno.


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