O que é síntese sonora? Miguel Ratton explica!


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A síntese sonora pode ser definida como um processo que utiliza recursos tecnológicos eletrônicos para a produção de sonoridades. Em geral, mas não necessariamente, o objetivo é obter sons diferentes daqueles produzidos pelos instrumentos musicais convencionais, que já existem. 

Steinberg Halion: sintetizador virtual

Steinberg Halion: sintetizador virtual

Os recursos tecnológicos usados para isso são diversos, mas quase sempre estão integrados na forma de um “sintetizador”, que na definição de Bob Moog, um dos pioneiros na construção desses equipamentos, “é um instrumento musical eletrônico que oferece ao músico um controle direto sobre as propriedades básicas do som”. O sintetizador pode ser um equipamento físico, dotado de teclado e painel com diversos controles, ou um software onde os controles dos parâmetros geralmente são representados metaforicamente por imagens de botões na tela do computador, tablet etc, e que é chamado de sintetizador virtual.

Além de tratar da sonoridade em si, na maioria das vezes o processo de síntese sonora também envolve vários aspectos relativos à operacionalidade e ao controle dos sons produzidos pelo sintetizador. Isso porque determinadas articulações sonoras só podem ser conseguidas a partir de técnicas habilidosas de manipulação de parâmetros. Por outro lado, dependendo do caso, o processo de geração sonora no sintetizador – e o seu controle pelo músico – pode assumir uma alta complexidade, conforme a quantidade de parâmetros envolvidos.

Além disso, no sintetizador não há necessariamente uma relação direta e imediata entre a intensidade da  ação (força) do músico e o resultado sonoro, como em geral acontece nos instrumentos acústicos. Dessa forma, a execução musical no sintetizador nem sempre segue um padrão relativamente intuitivo.

Assim como acontece em outras áreas, também na música é possível observar a influência histórica e bidirecional entre a tecnologia e a arte, uma atuando sobre a outra. O uso dos sintetizadores e outros equipamentos eletrônicos permitiu uma grande expansão no material sonoro empregado na composição musical, sobretudo a partir de meados do século 20.

O desenvolvimento histórico dos instrumentos musicais tem uma ligação muito estreita com o desenvolvimento da linguagem musical, em que a evolução tecnológica acompanha as necessidades requeridas para a produção de música em cada época, proporcionando sempre o aprimoramento da qualidade sonora e o aperfeiçoamento dos processos de controle do som.

A utilização de sintetizadores, gravadores e outros aparelhos para a geração e processamento do som ampliou o universo de possibilidades com a produção de timbres completamente novos e, inclusive, a adoção de ruídos na paleta de materiais para produção musical.

Para ler a matéria completa de Miguel Ratton, clique aqui e acesse gratuitamente a edição 51 da revista digital Teclas & Afins.

Miguel Ratton

Miguel Ratton é engenheiro eletrônico e há quase trinta anos atua no segmento de tecnologia musical, realizando projetos de equipamentos e sistemas, e prestando consultoria técnica a empresas e estúdios. É também autor de vários livros sobre o assunto. Para saber mais, visite ratton.com.br e facebook.com/m.ratton.eng.tec



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