O modelo mais completo da nova série PX-S combina design futurista, novo mecanismo de simulação de martelos e boa relação custo-benefício
Há alguns anos a Casio surpreendeu o mercado com o lançamento do piano digital Privia PX-5S. Com uma agressiva estratégia de marketing, colocou o produto nas mãos de uma grande variedade de músicos para ser utilizado ao lado de instrumentos de outras marcas. A ação deu resultados e o PX- 5S passou a ser considerado uma real opção para um setup ao oferecer mecanismo com teclas pesadas em um modelo mais compacto e acessível.
A linha Privia cresceu com a chegada dos portáteis PX-S1000 e PX-560M, além de modelos mais simples e com móvel. Mas o grande destaque fica por conta do PXS3000, modelo mais completo da série PX-S.
Mecanismo e design
O Casio PX-S3000 possui teclas com peso de piano, que proporcionam toque bastante confortável. O mecanismo chamado Smart Scaled Hammer Action Keyboard, recém-desenvolvido, reduz drasticamente o tamanho necessário para que simule a ação das teclas de um piano acústico, permitindo que o modelo apresente apenas 232 mm de profundidade, o que faz dele o mais fino entre os pianos digitais com 88 teclas de ação de martelo e altofalante integrado. O afastamento entre as teclas pretas é bom, tal que os dedos podem avançar facilmente entre elas. O toque tem resposta ajustável a cinco níveis de sensibilidade, atendendo a demanda técnica de qualquer pianista ou tecladista.
Em relação a seu console, o instrumento possui uma chamativa interface “touch”, similar à de celulares e iPads, com design plano sem botões salientes, que permite rápido acesso aos controles físicos e parâmetros virtuais, destacando-se apenas o controle de volume. Em seu belo display vítreo-escuro, um simples toque sobre um “botão” iluminado em forma de linha dupla (=) dá acesso à maior parte das funções, cobrindo grande parte da arquitetura funcional do Privia PX-S3000. Essa arquitetura é similar à da maioria dos teclados e pianos digitais, com categorias de tipos de ritmos, e de funções de execução dos mesmos, e categorias de timbres (Piano, E. Piano, Organ, Strings, Pad, Others) que podem ser realçados por meio do Sound Mode, que altera o
perfil de acústica do timbre em três níveis – ou modificados – por meio dos botões controladores de timbre em tempo real, à
esquerda do instrumento, denominados Knobs (botões) 1 e 2, e Modulation Wheel (roda de modulação). Este permite oscilar a altura da nota, como em um “bend” de guitarra, ao passo que os Knobs 1 e 2 controlam, para um dado timbre, até dois parâmetros atribuíveis como par pré- determinado, e que operam em paralelo um ao outro.
A título de exemplo, o efeito Rotary (relativo ao efeito de rotação da icônica Caixa Leslie), tem atribuição de ON/OFF para o Knob 1, e a velocidade final para a rotação acelerada é controlada pelo Knob Em compensação, para a síntese sonora e edição de timbres, das quatro funções clássicas de amplitude de onda (Attack, Decay, Sustain e Release) apenas a primeira e a última são controláveis pelos Knobs.
O instrumento dispõe de outras funções de controle como DSP e Transpose e recursos como Arpeggiator (100 tipos), Split e Layer. Destas, as duas últimas podem ser de utilidade mais imediata para o tecladista, permitindo o uso de dois timbres diferentes ao mesmo tempo (Layer) ou a divisão do teclado em duas partes (Split), cada uma com um timbre diferente e com “split point” (ponto de divisão) definível.
Para ler todo o review de Fernando Cardoso e conhecer mais do Casio PX-S3000, acesse a edição 82 da revista digital gratuita Teclas & Afins, clicando aqui!
Agradecimentos à Teclacenter (www.teclacenter.com.br) pela cessão do instrumento.
Fernando Cardoso
Doutor em Musicologia pelo Instituto de Artes da UNESP – São Paulo, cravista e organista do grupo “FICTA”,
tecladista das bandas Violeta de Outono e Som Nosso de Cada Dia.
fcperera@gmail.com – www.facebook.com/fcperera
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