Artista nordestino, influenciado pela música do mundo, o cantor, compositor e instrumentista Mestrinho apresenta seu novo álbum autoral de pop, reggae e R&B
Nascido em 1988 em Itabaiana, Sergipe, Mestrinho é neto do tocador de oito baixos Manezinho do Carira e filho do sanfoneiro Erivaldo de Carira. Sua irmã, Thaís Nogueira, é cantora e seu irmão, Erivaldinho, também é sanfoneiro. Com o DNA musical tão presente em sua vida, Mestrinho, com apenas 6 anos, já tocava sanfona e aos 12 começou a se apresentar em turnês de bandas da região onde morava. Desde pequeno foi influenciado pela música de Dominguinhos, Sivuca, Oswaldinho do acordeon, Hermeto Pascoal, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Elba Ramalho, entre outros. Aos 17 anos, Mestrinho e sua irmã se mudaram de Aracaju para São Paulo e criaram o Trio Juriti. Juntos participaram de festivais e se destacaram pela composição da música autoral “Mais um dia sem te ver”. Ainda nesse trio, gravaram dois álbuns – Forró irresistível e Cara a Cara – que contaram com a participação dos emboladores Caju e Castanha e com a produção do compositor João Silva, um dos maiores parceiros de Luiz Gonzaga.
Mestrinho teve a honra de dividir o palco com vários artistas consagrados como Dominguinhos, Gilberto Gil, Hermeto Pascoal, Elba Ramalho, Rosa Passos, Antônio Barros e Cecéu, Zélia Duncan, Geraldo Azevedo, Jorge Aragão, Gabriel o Pensador, Paula Toller, Luciana Mello, Diogo Nogueira, Toni Garrido, Margareth Menezes, Elza Soares, Benito di Paula, Duani Martins, Mariana Aydar, Zeca Baleiro, Thiago Espirito Santo, Sandro Haick e Ney Conceição entre outros. Acompanhou Dominguinhos em diversos shows pelo Brasil, inclusive participando da última apresentação em Exu (PE), cidade natal de Luiz Gonzaga. Trabalhou com Elba Ramalho por três anos, incluindo sua participação no CD Vambora lá dançar, quando se apresentou em turnês nacionais e internacionais. Com Gilberto Gil, fez turnês em festivais de jazz na Europa, Israel e Uruguai, e participou do lançamento do álbum do músico chamado Gilbertos Samba, que acaba de virar DVD. Mestrinho participou também do CD de Jair Rodrigues Samba Mesmo Vol. 2. Além de gravações, Mestrinho também trabalha como produtor musical e arranjador em obras de outros artistas.
Em setembro de 2014 lançou o primeiro disco solo, intitulado Opinião, que conta com a participação do Gilberto Gil na faixa “Superar”, de autoria do próprio Mestrinho, além da participação de sua irmã Thais Nogueira na faixa “Arte de quem se ama” do compositor Elton Moraes. Agora, está lançando Grito de Amor, álbum com 12 faixas, sendo 11 autorais e uma composição de Cainã Cavalcante e Elton Moraes. O trabalho tem a produção musical assinada pelo próprio Mestrinho em parceria com o instrumentista e compositor Cainã Cavalcante e traz, entre as canções, “Tem Algo Errado Aí”, “Um Sofrer Menorzinho” e “Grito de Amor”, que dá nome ao novo álbum, além de “Ansiosos pra viver”, primeiro single apresentado ao público. Conversamos com Mestrinho logo após o lançamento, quando nos contou mais sobre sua história e o novo trabalho.
Como a família influenciou na sua escolha pela música? Como é isso de começar a tocar sanfona tão cedo (6 anos)? E de onde vem o nome artístico “Mestrinho”?
Isso é minha base, que levo para a vida inteira. Meu avô, Manezinho do Carira, tocava oito baixos. Meu pai, Erivaldo de Carira, e meu irmão Valdinho, também são acordeonistas. Minha irmã mais nova, chamada Thaís Nogueira, canta. A família toda é de músicos e minha mãe ama música e ama demais o instrumento acordeon. Quando ela se casou com meu pai, queria ter um filho sanfoneiro. E foi aí que nasci. Ela que me batizou com o nome de Mestrinho, ainda na barriga dela, falando “aqui, o Mestrinho do Acordeon”. Ela me batizou com esse nome que virou meu nome artístico. Aprendi observando. Nunca me deram aula, nunca tive aulas. Meu ouvido foi meu maior professor. Tudo que eu ouvia, eu assimilava muito fácil. Eu pegava no instrumento, ouvia uma frase, saia catando cada nota e já sabia que frase era. E ouvia os grandes músicos, os caminhos que eles usavam. Por exemplo, sempre ouvi Dominguinhos e foi fácil assimilar. Ela era um gênio primordial para mim, um dos melhores músicos que o mundo já teve. Mas eu conseguia ouvir as coisas que ele fazia, ter a percepção dos caminhos que ele usava. Mas só dos caminhos porque cada pessoa é diferente das outras. Quando ele pegava o instrumento, era uma coisa única: só ele conseguia fazer aquilo. Ele me ouviu tocar, gostou e já me deu um conselho: “siga o seu caminho, crie a sua personalidade”. E é o que venho fazendo sempre. Apesar de muitas pessoas me associarem a ele – o que, com certeza, não tem jeito, é natural -, sempre busco minhas escolhas. Não sou um cara que, se Dominguinhos gostava de uma coisa, eu gosto também. Cada pessoa tem uma personalidade diferente, então procuro ser fiel a minha personalidade. Às vezes, uma pessoa se desvia por ser muito fã de outra e querer fazer tudo que ela faz. Mas a nossa personalidade está aqui sempre. É preciso enxergá-la e ser fiel a ela. (Leia mais…)
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