A ferramenta gratuita para produções permite o uso de plugins de instrumentos e efeitos virtuais
Estamos vivendo em um mundo em que a produção musical está cada vez mais democrática e baseada em recursos digitais. Para isso, existem vários softwares de gravação como Pro Tools e Studio Logic, entre outros. No entanto, esses programas são pagos e, muitas vezes, o músico não dispõe de recursos para realizar a compra. Nesse panorama surge o Cakewalk, software gratuito derivado da estação de trabalho de áudio digital (DAW) de nível profissional SONAR, que integrava gravação e edição multipistas de áudio digital e MIDI.
Desde 2018, a BandLab Technologies detém os ativos da Cakewalk, Inc. e de toda a sua propriedade intelectual, tendo como objetivo declarado o desenvolvimento contínuo do produto carro-chefe da empresa anterior, o SONAR (agora renomeado Cakewalk pela BandLab), como parte de seu portfólio de software de estação de trabalho de áudio digital freeware.
Além do Cakewalk, a Bandlab também dispõe dos produtos Dimension Pro e Rapture Pro (sintetizador Multisample) e instrumentos, ferramentas de efeitos e diversos produtos de consumo para a criação de música (você pode baixar os produtos no endereço www.bandlab.com).
Com interface bem intuitiva, com o Cakewalk é possível gravar músicas usando instrumentos reais ou VSTs, inserir efeitos, fazer suas mixagens e exportar o resultado em vários formatos para poder enviar a seus amigos. Outra grande vantagem desse software é que ele não tem limite de trilhas a serem usadas na gravação, permitindo, inclusive, a junção de pistas de áudio e VST.
Mas, o que é VST?
VST é uma sigla que, em inglês, quer dizer Virtual Studio Technology (Tecnologia de Estúdio Virtual). Foi desenvolvida pela empresa Steinberg e lançada no ano de 1996, integrando em sua interface efeitos de áudio, sintetizadores, editores e dispositivos de gravação, entre outros. A função do sistema é utilizar um sinal para simular o hardware (produto) tradicional de estúdio de gravação com um software (programa). A empresa Steinberg lançou o primeiro modelo VST em 1996: a DAW Cubase incluindo os primeiros plugins formato VST (Chorus, Reverb, Stereo Echo e Auto Panner). O sistema funciona quando instalado em um hardware (computador), sendo utilizado como plugins, e é dividido em instrumentos e efeitos.
Os plugins (aplicativos à parte) funcionam dentro de um programa de áudio digital (DAW), e sua função é fornecer alguns recursos específicos extras. A maioria dos plugins VST são instrumentos indicados pela sigla VSTi – ou efeitos, que aparecem como uma interface gráfica personalizada, exibindo controles físicos, padrão nos dispositivos de áudio. Alguns desses plugins necessitam do aplicativo host para sua utilização.
Os plugins de efeito, recebem áudio digital e executam o processamento através de suas saídas. Os plugins de instrumentos (VSTi) podem ser utilizados como sintetizadores, samplers, softwares e drum machines. Os instrumentos em formato VST, possuem emulações de software simulando alguns instrumentos físicos bem conhecidos assim como os samplers.
Eles buscam imitar a aparência do equipamento original, além de suas características sonoras, permitindo aos músicos, produtores e engenheiros de som, utilizarem equipamentos virtuais simulando outros dispositivos, facilitando o processo sendo mais em conta e prático.
Existem também alguns teclados específicos em formato VST, o que é muito bom pois alguns instrumentos não possuem preço atrativo e, muitas vezes, há muita dificuldade de se encontrar o instrumento real. Esse tipo de produção de áudio acontece através de uma troca de informações digitais MIDI e a saída de áudio digital. Alguns plugins de efeito também aceitam MIDI de entrada como, por exemplo MIDI Sync, que pode modular o efeito em sincronia com o tempo.
Mas como usar o VST no Cakewalk?
Antes de tudo, é preciso instalar o software e utilizar um controlador MIDI ligado ao notebook ou PC. Essa conexão pode ser feita via cabo MIDI ou via USB. Esse controlador pode ser substituído por um teclado. Os teclados e controladores mais antigos trabalhavam apenas com a conexão MIDI de cinco pinos, mas atualmente a maioria já trabalha com USB. Se você tem um teclado que trabalha com o cabo MIDI de cinco pinos, não há problema pois já existem no mercado cabos MIDI/USB que podem ser usados. Depois de feita a instalação do software e a conexão do controlador no PC, pode-se abrir o Cakewalk.
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James Freitas
Tecladista, pianista, arranjador e produtor musical. Parceiro da EM&T On Line, especialista em programações de sintetizadores, workstations e samplers em geral. Já participou de álbuns de várias bandas de Heavy Metal como The Warlord, Finitude, Tchandala, Scarlet Peace, Devon (com produção do Thiago Bianchi), também é músico de baile gravando e excursionando com artistas como Luciene Melo, Raio da Silibrina, Kannibal, Os Imortais, Guns Cover, Maria Fumaça. Atualmente é tecladista da banda Seth. Produz alguns trabalhos solos com voz e também faixas instrumentais.
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