Um dos músicos mais influentes e inovadores do século 20 deixou uma profunda e indelével marca no jazz, no fusion, no funk e no pop

O tecladista, compositor, arranjador e produtor musical George Duke continua a ser celebrado por músicos e fãs de todos os cantos do mundo, reconhecido por sua habilidade única de fundir diversos estilos musicais, incluindo jazz, soul, funk, música eletrônica e até influências de música clássica.
Nascido em 12 de janeiro de 1946, em San Rafael, Califórnia, George Mac Duke foi criado em Marin City, uma área de classe trabalhadora no condado de Marin, onde sua paixão pela música floresceu desde cedo. A casa dos Duke era um verdadeiro centro musical, com sua mãe, Daisy Duke, cantora e seu pai, George Duke Sr., percussionista. Ambos influenciaram diretamente a formação musical de George, criando um ambiente fértil para o desenvolvimento de seu talento. Seu contato com o jazz se deu em grande parte por meio da influência de seu pai, que adorava ouvir grandes nomes do jazz tradicional, como Duke Ellington, Count Basie e outros. Sua mãe, além de cantora, foi uma grande motivadora para que ele começasse seus estudos musicais, e foi ela quem o levou para assistir a uma apresentação de Duke Ellington, um momento que, embora ele não se lembrasse detalhadamente, teve impacto profundo em sua vida.
George Duke começou então a estudar piano e a absorver as raízes da música negra em sua igreja batista local. Estudou na Tamalpais High School em Mill Valley. Aos dezesseis anos, ele já tocava com vários grupos de jazz da escola. Ele obteve seu diploma de Bacharel em Música no Conservatório de Música de São Francisco, com especialização em trombone e composição, e um curso secundário em contrabaixo. Depois, obteve seu mestrado em composição pela Universidade Estadual de São Francisco. Durante esse período, se aprofundou no estudo do jazz moderno e começou a se interessar por músicos como Thelonious Monk, Miles Davis e John Coltrane, cujas inovações moldaram ainda mais sua compreensão da música.
Em 1966, após concluir seus estudos, Duke se mudou para Los Angeles, onde se estabeleceu como músico profissional. A cidade, centro da música popular na época, ofereceu a Duke a oportunidade de trabalhar com alguns dos nomes mais renomados da música americana. Inicialmente, ele trabalhou como tecladista de estúdio, gravando para uma série de artistas e bandas. Duke chamou a atenção do mundo do jazz com sua colaboração com Jean-Luc Ponty e o álbum The Jean-Luc Ponty Experience with the George Duke Trio, de 1969.
No entanto, foi sua colaboração com Frank Zappa que alavancou sua carreira de forma decisiva. Ele passou dois anos com Zappa como membro do The Mothers of Invention. Em 1971, se juntou ao veterano jazzista Julian “Cannonball” Adderley. Através de “Cannonball”, ele teve a oportunidade de conhecer e trabalhar com artistas como Nancy Wilson, Joe Williams, Dizzy Gillespie, Stanley Clarke, Flora Purim e Airto Moreira. Em 1973, Duke se reuniu novamente com Zappa e levou Jean-Luc Ponty com ele. A banda permaneceu junta pelos três anos seguintes, até que Duke deixou o grupo para se juntar ao baterista Billy Cobham.
Trabalhos-solo
Em 1970, George Duke lançou seu primeiro álbum solo, intitulado The George Duke Quartet Presented By The Jazz Workshop 1966 Of San Francisco, que misturava jazz com elementos de R&B e soul. Esse trabalho foi bem recebido pela crítica e ajudou a estabelecer Duke como uma nova estrela no cenário musical. Nos anos seguintes, continuou a lançar álbuns que mesclavam jazz com funk, soul e até elementos de música eletrônica, criando um som único e inovador.
A fusão de jazz com outros estilos populares se tornaria uma característica marcante de seu trabalho. Álbuns como Feel e The Inner Source, ambos de 1974, demonstraram a versatilidade de Duke como músico e compositor. Sua habilidade de combinar arranjos sofisticados com a utilização de sintetizadores e outras inovações eletrônicas o colocaram na vanguarda da fusão entre jazz e música eletrônica, um gênero que estava ganhando popularidade nos anos 1970. A mistura de jazz, funk e disco que ele explorava fez de seus discos uma referência para o movimento musical que estava por vir, influenciando não apenas músicos de jazz, mas também artistas de outros gêneros, como R&B e música pop.
Em 1978, Duke atingiu um dos pontos altos de sua carreira com o lançamento de Reach For It, um álbum que se tornou sucesso de vendas e conquistou platinas nas paradas de R&B e pop. O sucesso da faixa-título e do álbum em si ajudou a consolidar a posição de Duke como um dos principais nomes da música fusion e da cena musical global. No mesmo período, lançou A Brazilian Love Affair, álbum que refletia suas influências da música brasileira e se tornaria um dos maiores sucessos de sua carreira. Esse período marcou uma fase de grande inovação musical, com Duke experimentando novas sonoridades e estilos, sempre à frente das tendências. Nos anos seguintes, a carreira de Duke continuou a crescer, tanto como artista solo quanto como produtor. Sua habilidade de produzir discos para outros artistas foi outro aspecto crucial de sua carreira…
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