Quatro efeitos que podem ser utilizados durante a produção e a mixagem, para ajudar a obter o melhor resultado em seu trabalho
O processo de mixagem de uma produção envolve algumas etapas, e os efeitos a serem utilizados dependem muito da proposta sonora desejada pelo produtor. Mas alguns são mais frequentemente usados. Neste artigo, falaremos de efeitos que você pode usar em sua produção.
Distorção e Overdrive
A distorção e o Overdrive são formas de processamento de sinal de áudio usadas para alterar o som de instrumentos musicais elétricos amplificados, geralmente aumentando seu ganho, produzindo um tom “fuzzy (difuso)”, “growling (rosnando)”, ou “gritty (agressivo)”. A distorção é mais comumente usada com a guitarra elétrica, mas também pode ser usada com outros instrumentos elétricos, como baixo, piano elétrico e órgão Hammond. Também é usada, raramente, como um efeito especial nos vocais.
Os efeitos alteram o som do instrumento cortando o sinal (empurrando-o além do máximo, o que diminui os picos e vales das ondas de sinal), adicionando tons sustentados e harmônicos e inarmônicos e levando a um som comprimido que é frequentemente descrito como “quente” e “sujo “, dependendo do tipo e intensidade da distorção usada.
Para usar o efeito da distorção no Cakewalk procede-se de maneira similar à realizada para os outros efeitos, clicando em FX e escolhendo as opções de efeito e de tipo (Imagem 01). Você pode ter algum plugin de distorção como o Amplitube, por exemplo, mas o Cakewalk dispõe de efeitos nativos como o AliasFactor e o HF Exciter, em que você pode ajustar os parâmetros e chegar ao efeito desejado (Imagem 2). Além disso, cada um deles possui alguns presets que podem auxiliar no resultado ou dar o caminho para o que se deseja.
Limiter
O Limiter é um tipo de processador de dinâmica projetado para limitar a amplitude de um determinado sinal de áudio, seja em nível de pico ou em nível RMS. Existem diferentes tipos de Limiters que trabalham com diferentes formas de detecção e limitação da amplitude dos sinais de áudio. Tanto o compressor quanto o Limiter reduzem a amplitude dinâmica, ou seja, dão uma “segurada” nos sons mais intensos e, depois, dão um ganho para aumentar os sons mais fracos.
O Limiter é, simplesmente, um compressor regulado ao infinito, pois ele simplesmente limita o som ao volume estipulado no Threshold, não deixando passar nem um fio acima daquilo. Normalmente, Limiters contam com três parâmetros: Attack, Release e Gain (ou Volume). Attack define, em milissegundos, uma margem de tempo entre o som ultrapassar o Threshold e o efeito ser ativado. É um dos comandos mais importantes na compressão e, infelizmente, não existe na maioria dos pedais. Release define o tempo, também em milissegundos, entre o volume ficar novamente abaixo do Thresold e o efeito se desativar. O Gain simplesmente controla o volume final do processo. No Cakewalk, pode-se usar o MaxxVolume para fazer o processo do Limiter, que possui Treshold e ganho, além de um GATE e um Leveler, para você ter o controle de output (Imagem 3).
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James Freitas
Tecladista, pianista, arranjador e produtor musical. Parceiro da EM&T On Line, especialista em programações de sintetizadores, workstations e samplers em geral. Já participou de álbuns de várias bandas de Heavy Metal como The Warlord, Finitude, Tchandala, Scarlet Peace, Devon (com produção do Thiago Bianchi), também é músico de baile gravando e excursionando com artistas como Luciene Melo, Raio da Silibrina, Kannibal, Os Imortais, Guns Cover, Maria Fumaça. Atualmente é tecladista da banda Seth. Produz alguns trabalhos solos com voz e também faixas instrumentais.
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